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Onça-parda que recebeu tratamento com células-tronco é nova moradora do Zoológico de Curitiba

O tratamento foi realizado para minimizar sequelas aparentes no sistema neurológico do animal, como tremores. Após quatro meses de tratamento e com...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
14/10/2021 às 16h20
Onça-parda que recebeu tratamento com células-tronco é nova moradora do Zoológico de Curitiba
© Unifil

O Instituto Água e Terra (IAT) encaminhou ao Zoológico de Curitiba, na manhã desta quinta-feira (14), uma filhote de onça-parda. Ela foi submetida a um tratamento com células-tronco no Centro de Atendimento à Fauna Silvestre (Cafs), no Hospital Universitário Veterinário da Unifil, em Londrina. A instituição se tornou oficialmente um centro parceiro do IAT em julho deste ano, tornando-se responsável pela recepção, triagem, atendimento médico-veterinário básico e encaminhamento para que o IAT dê a destinação correta aos animais.

A onça-parda passou por quatro meses de tratamento na Unifil. De acordo com a chefe do Setor de Fauna do IAT, bióloga Paula Vidolin, a preferência é que os animais silvestres resgatados retornem à natureza, mas essa onça, em especial, precisa de cuidados maiores. “A onça passou um tratamento inovador com células-tronco, apresenta uma grande melhora, mas ainda tem sintomas físicos como sequelas, e por isso a soltura dela na natureza não é indicada”, afirmou.

O animal foi encontrado às margens da Rodovia PR-151, próximo ao município de Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro, e encaminhado ao Centro pelo Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde (BPAmb) para atendimento médico-veterinário. A suspeita é que a onça tenha sido atropelada.

No Zoológico da Capital ela receberá todo o acompanhamento que precisa para que esse quadro evolua. “A filhote ficará de quarentena em um recinto para se adaptar à alimentação e mostrar seu comportamento. Vamos fazer também alguns exames para que ela possa ir ao espaço de visitação pública quando estiver apta”, disse a chefe do Zoológico de Curitiba, Ana Silvia Passerino.

Segundo o gestor ambiental do IAT de Londrina, Rafael Bachega Piornedo, o deslocamento de cerca de 400 quilômetros de Londrina a Curitiba também exigiu cuidados. “Ela foi colocada em uma caixa de madeira com palha para que não se machucasse e pudesse fazer uma viagem mais tranquila e confortável possível”.

TRATAMENTO - A onça chegou ao Cafs aparentemente com quatro meses de vida e em estado grave, com sinais neurológicos afetados. “Após o tratamento, apresentou melhoras, mas ainda mostra uma incoordenação motora, tremores de cabeça e pequenos sinais de origem neurológica”, afirma a veterinária coordenadora do Hospital Veterinário da Unifil, Mariana Cosenza.

De acordo com ela, uma tomografia indicou a necessidade de tratamento com células-tronco, vindas de um laboratório de São Paulo, cultivadas no Centro de Tecnologia Celular Animal (Medmep). Hoje, ela se alimenta e anda sozinha, mas não possui condições de retorno à natureza, por não conseguir caçar sozinha.

“Devido à suspeita de atropelamento, o primeiro diagnóstico foi de traumatismo craniano, mas as sequelas apresentadas também podem ter sido ocasionadas por doenças infecciosas. Diante disso, o animal foi submetido a diversos exames, que apontaram resultados negativos”, explicou a médica veterinária do Cafs Unifil.

O tratamento com células-tronco teve o objetivo de melhorar os sinais clínicos que ela ainda apresentava, como incoordenação e tremor de cabeça. Foram aplicadas 10 milhões de células-tronco (0,4ml) por injeção peridural, com o animal sob anestesia geral e monitoramento anestésico. O procedimento foi rápido, em torno de meia hora e o resultado foi positivo, com melhoras em sinais clínicos.

ACIDENTES EM ESTRADAS - Na mesma rodovia em que a onça-parda foi encontrada, foi registrado um acidente com tamanduá-bandeira neste ano, o que indica a passagem de animais silvestres na região.

“Reforçamos o pedido da população para que, caso se depare com um animal vitimado na beira da estrada, acione os órgãos competentes, como a concessionária responsável pela via”, destaca a bióloga do IAT, Paula Vidolin.

No caso de estrada não pedagiada, é possível acionar a Polícia Ambiental ou um Escritório Regional do IAT mais próximo.

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