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'Leitura nos modifica em todas as fases da vida', diz pesquisadora

Maryanne Wolf, professora da UCLA, fala sobre o processo no cérebro, e jovens brasileiros dão exemplo de amor pelos livros

27/09/2021 às 02h05
Por: Redação Fonte: R7 - Karla Dunder, do R7
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Qual é a importância da leitura em um mundo digital? A resposta a essa pergunta foi dada por Maryanne Wolf, pesquisadora e diretora do Centro de Dislexia, Aprendizagem Diversa e Justiça Social da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) durante um webinário promovido pela Itaú Social na última semana.

“A leitura está em constante transformação e nos modifica em todas as fases da vida. Além disso, as tecnologias estão em transição também, mudando a forma como processamos a linguagem e a leitura. Sobre o letramento, quando adquirimos a leitura, mudamos o cérebro, a sociedade e até mesmo o futuro das espécies", explicou a pesquisadora. "O meu trabalho como neurocientista é ajudar a informar por meio da pesquisa da neurociência sobre a leitura, o cérebro e a educação.”

Também participaram da roda de conversa a mediadora Neide Almeida, secretária executiva da Rede LEQT (Leitura e Escrita de Qualidade para Todos); Mara Sophia Zanotto, professora titular do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada e Estudo da Linguagem da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo); Luisa Setton, especialista em literatura para crianças da Associação Vaga Lume; e Giselly Lima de Moraes, pesquisadora em literatura infantil digital e formação do leitor literário e professora adjunta do Departamento de Educação da  UFBA (Universidade Federal da Bahia). Pesquisadores que falaram e compartilharam experiências de leitura em um mundo cada vez mais digital. O R7 ouviu jovens que dão exemplo de dedicação à leitura.

Luisa Setton, uma das participantes do evento, conta que a Associação Vaga Lume tem como propósito empoderar crianças de comunidades rurais da Amazônia a partir da promoção da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias como espaço para compartilhar saberes. Além de serem implantadas bibliotecas, são realizados cursos para formação de mediadores de leitura, para que haja uma ponte entre os livros e as crianças.

"Também produzimos livros artesanais para que as bibliotecas contem com um acervo com obras da cultura local. São bibliotecas genuinamente construídas pela comunidade", explica Luisa Setton, da Vaga Lume. Uma forma de registrar a tradição e aproximar a população dos espaços.

Já a jovem Catarina lida com a literatura e a tecnologia desde a infância. Aos 8 anos de idade, por sugestão de uma professora e com o apoio da família, ela começou a página A Menina que Indica Livros. Hoje, aos 14 anos, a adolescente até coleciona prêmios.

Catarina aprendeu a gostar dos livros em casa, como um hábito natural. "Não como um costume imposto ou de obrigatoriedade, nem como aquela coisa de precisar ler antes de dormir. Tanto eu como meu marido tivemos pais leitores, então dar e receber livros era hábito comum", conta a mãe, Carla Bertulucci Trigo.

A página nas redes sociais nasceu de maneira espontânea. "Desde bem pequena gosto muito da leitura, e ela sempre esteve presente na minha vida. Comecei o projeto com 8 anos, em 2014. Na época, tive o apoio da minha família e da coordenadora da minha escola. Comecei a postar toda quarta-feira um vídeo na minha página privada do Facebook. Assim, criei uma página pública chamada A Menina que Indica Livros, em que conseguiria atingir mais pessoas e espalhar a leitura cada vez mais", conta Catarina, que está hoje com 14 anos. "Com isso, comecei a ter parcerias com editoras, e então comecei o meu projeto, chamado Piquenique Literário, em que há trocas e doações de livros e rodas de leitura." E, entre tantos projetos, ainda há espaço para sonhar em escrever o próprio livro.

Aline Benevides é mãe de Isaac e Levi. Os dois são cegos, mas nem por isso a leitura fica fora da rotina da família. Ela usa uma tecnologia própria para auxiliar os filhos no processo de formação. "Como nem todos os livros são acessíveis e escritos em braile, eu uso uma máquina de braile e colo etiquetas nos livros", explica. "Assim, eles conseguem ler em alto-relevo."

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