A Marinha dos EUA conduziu na sexta-feira (17) um teste de dois mísseis Trident II (D5LE) desarmados com vida útil prolongada a partir do USS Wyoming (SSBN-742), um submarino de mísseis balísticos de classe de Ohio, na costa do Cabo Canaveral, Flórida, EUA.
USS Wyoming testa com sucesso os mísseis Trident II D5LE sobre o oceano Atlântico, em 17 de setembro. Esses testes enfatizam nossa prontidão e capacidade para a dissuasão estratégica do século XXI.
O teste fez parte de uma Operação de Demonstração e Reparo (DASO, na sigla em inglês). O objetivo principal do DASO é avaliar e demonstrar a prontidão do Sistema de Armas Estratégicas (SWS, na sigla em inglês) e da tripulação do submarino antes da implantação operacional. Este lançamento marca o 184º voo de teste de mísseis bem-sucedidos do SWS Trident II (D5 & D5LE).
"O teste DASO e outros como esses ressaltam nossa prontidão e capacidade para a dissuasão estratégica do século XXI", afirmou em comunicado o contra-almirante Thomas E. Ishee, diretor de operações globais do Comando do Indo-Pacífico e do Comando Estratégico (USSTRATCOM, na sigla em inglês).
Ishee acrescenta que "as tripulações passam por treinamento constante e testes planejados regularmente para garantir que os sistemas de armas permaneçam prontos e confiáveis. Os marinheiros e elementos de apoio que compõem o serviço silencioso provam todos os dias que são capazes e preparados para proteger a América e seus aliados".
A nota da Marinha norte-americana afirma que os mísseis foram lançados do mar e voaram e pousaram no mar, de forma que em nenhum momento os mísseis sobrevoaram a terra. Segundo projeção publicada no Twitter, os mísseis vão passar entre o Brasil e o continente africano.
Um aviso de navegação acabou de aparecer, apontando para um lançamento de teste Trident-II D5 de um SSBN [submarino nuclear lançador de mísseis balísticos] no [oceano] Atlântico entre 17 e 20 de setembro. O alcance indicado é da ordem de 9.900 km. A trajetória balística simples não é 100% compatível.
"O teste do míssil não foi conduzido em resposta a nenhum evento mundial em andamento, nem como uma demonstração de poder [...]. Uma dissuasão nuclear confiável e eficaz é essencial para nossa segurança nacional e a segurança dos aliados dos EUA. A dissuasão continua sendo a pedra angular da política de segurança nacional no século XXI", lê-se no comunicado.