Nancy Salzman, uma das fundadoras da seita sexual Nxivm ao lado de Keith Raniere, foi condenada na quarta (8) a 3 anos e meio de prisão, nos Estados Unidos.
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Os promotores do caso afirmaram que Salzman atuava como uma facilitadora para que Raniere tivesse acesso às mulheres que foram aliciadas para a seita. Entretanto, os advogados de defesa alegaram que ela foi uma das vítimas do líder do grupo, possivelmente a primeira.
"Eu sei, meritíssimo, que me coloquei aqui", disse Salzman, durante sua sentença em um tribunal federal no Brooklyn, após mais de dois anos que confessou ser culpada de conspiração e extorsão.
Sua filha, Lauren Salzman, também se declarou culpada, mas não irá para a prisão, devido, em parte, ao fato de ter testemunhado contra Raniere.
O juiz distrital dos EUA, Nicholas Garaufis, que presidiu o julgamento de Raniere, disse que Salzman deverá se entregar às autoridades em 19 de janeiro de 2022.
"Em sua lealdade equivocada a Keith Raniere, ela se envolveu em uma conspiração de extorsão projetada para intimidar os detratores da Nxivm e que infligiu danos aos membros da Nxivm", disse o procurador interino em um comunicado.
"A sentença de hoje responsabiliza a ré por seus crimes e esperamos que isso traga alguma medida de encerramento para as mulheres vulneráveis que foram abusadas".
A Nxivm foi fundada em 1998, no estado de Nova York, e se definia como um grupo que tinha o objetivo de empoderar as pessoas. Para os investigadores, no entanto, o grupo atuava com tráfico sexual e e exploração sexual infantil. O líder da seita foi condenado em 2019 à prisão perpétua.
Durante a sentença de Salzman, uma vítima do grupo disse que a cofundadora "facilitou o ambiente para os abusos e proporcionou um ambiente ainda pior para as vítimas se curarem".