O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, registrou em Plenário o Segundo Manifesto dos Mineiros ao Povo Brasileiro, lançado nesta quarta-feira (1°). Assinado por empresários, líderes e cidadãos de Minas Gerais, o documento trata de temas como a reforma do Estado e reafirma a necessidade de preservar a democracia no Brasil.
— São 300 nomes notáveis de Minas Gerais que assinam esse manifesto em defesa da democracia, algo que se espera da sociedade civil organizada e dos cidadãos brasileiros: a reafirmação dessa grande conquista que é o Estado Democrático de Direito no nosso país — disse Pacheco.
No documento, os signatários criticam a ideia de ruptura institucional violenta. “A ruptura pelas armas, pela confrontação física nas ruas, é sinônimo de anarquia, que é antônimo de tudo quanto possa compreender uma caminhada serena, cidadã e construtiva. A democracia não pode ser ameaçada; antes, deve ser fortalecida e aperfeiçoada. O que se pretende provocar é outro tipo de ruptura: a ruptura por meio das ideias e da mudança de comportamentos em todas as dimensões da vida.”
O manifesto é assinado com a data de 7 de setembro de 2021, em alusão ao Dia da Independência, e deve ser entregue a autoridades federais, estaduais e municipais — mas, segundo os organizadores, será possível subscrever o documento até o final deste ano.
O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) saudou o presidente pelo registro e lembrou o primeiro manifesto dos mineiros, em 1943. À época, o grupo se posicionou contra a ditadura imposta no Brasil por Getúlio Vargas.
— Esse novo manifesto evoca o espírito de liberdade, típico de nossa terra e que está incrustado de forma indelével na nossa bandeira sob o dístico libertas quæ sera tamen [em latim, "liberdade ainda que tardia"] — afirmou Anastasia.
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