Os gabinetes hoje ocupados pela liderança do PSD receberam nesta terça-feira (31) o nome de Espaço Senador Arolde de Oliveira, em homenagem ao ex-senador, que morreu em outubro de 2020, aos 83 anos, vítima da covid-19. A homenagem havia sido aprovada pelo Plenário do Senado no dia 10 de agosto.
— É um momento muito singular a inauguração desta sala da liderança do PSD no Senado, que leva o nome do nosso querido Arolde de Oliveira — declarou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a cerimônia de inauguração.
Entre os que compareceram à cerimônia estavam o ministro da Economia, Paulo Guedes, que representou o governo, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Rodrigo Pacheco afirmou ter compromissos comuns com o PSD. Ele também disse que o país enfrenta um momento delicado, de “afirmação de coisas óbvias, de princípios fundamentais e de direitos individuais”.
— Esta sala hoje inaugurada da Liderança do PSD será um local para discutir essas ideias para o Brasil: a defesa do Estado Democrático de Direito no nosso país e a democracia, que não pode retroceder. Eu tenho absoluta convicção de que o PSD tem esse compromisso, tem como pilar da sua própria existência — afirmou.
A liderança do PSD ocupa os gabinetes 20, 21 e 22 da Ala Senador Teotônio Vilela, no Anexo 2 do Senado. Eles manterão a nomenclatura mesmo que sejam transferidos para a liderança de outro partido ou que passem a ser usados para outras finalidades — como gabinetes de senadores.
Arolde de Oliveira nasceu em São Luiz Gonzaga (RJ) em 1937. Depois de concluir o ensino fundamental, mudou-se para Porto Alegre (RS) e lá iniciou a carreira militar, em 1954, ao ingressar no curso de preparação de cadetes. Cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e, em 1960, entrou para o Instituto Militar de Engenharia (IME), formando-se em Engenharia Eletrônica. Nos anos seguintes, trabalhou no setor privado.
Concorreu a deputado federal em 1982 e conquistou uma suplência, exercendo o mandato algumas vezes durante a legislatura. Em 1986 foi eleito pela primeira vez para a vaga titular de deputado federal, sendo reeleito nos oito pleitos seguintes. Na Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988), foi presidente da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da Comunicação. Além da carreira parlamentar, também foi secretário de Serviços de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro e secretário estadual de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro.
Arolde era também fundador da MK Music, uma das maiores gravadoras de música gospel do país. Nas eleições de 2018, obteve mais de 2,3 milhões de votos para senador pelo estado do Rio de Janeiro.
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