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Com papel fundamental na pandemia, BRDE fica mais conhecido e se aproxima da população, diz Wilson Bley Lipski

Nesta entrevista, o vice-presidente e diretor de Operação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul analisa o atual cenário e afirma que ...

25/08/2021 às 15h56
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
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© Gilson Abreu
© Gilson Abreu

O desempenho do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) durante a pandemia o aproximou da população e contribuiu para torná-lo mais conhecido como agente de apoio à economia. O planejamento estruturado foi essencial na distribuição de crédito aos estados do Sul, onde atua.

É o que afirma o vice-presidente e diretor de Operações de banco, Wilson Bley Lipski. Comedido por natureza, de fala calma e didáticamente, e só se empolga quando faz uma análise minuciosa do banco. Segundo ele, o BRDE mudou de patamar, para usar uma expressão da moda. Um caminho que, diz, é sem volta. O BRDE ficou pop e amplia sua carteira de projetos para se aproximar cada vez mais da sociedade, atendendo a uma premissa desenhada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior já no começo da gestão.

Com números robustos e inéditos, ele conta que as contratações em 2021 devem bater na casa dos R$ 3,5 bilhões, recorde a ser celebrado, já que em 2020, a antiga marca, foram R$ 3,3 bilhões. Desse total, R$ 1,5 bilhão foi em aprovações no Paraná, valor que indica a aceleração da retomada econômica estadual.

Bley conversou com a Agência Estadual de Notícias (AEN)  e detalhou os planos para os próximos anos – em novembro, dentro do sistema de rotatividade entre os três estados do Sul, ele assume a presidência do banco. Veja os principais trechos da entrevista.

A sensação que se tem é que o BRDE se aproximou mais da população por causa do papel que exerceu durante a pandemia da Covid-19, colaborando com o cenário econômico dos três estados do Sul do País. O senhor tem essa visão?

Assumi o banco com um grande desafio: tornar o BRDE mais próximo das políticas públicas do Estado, mais afinado com o planejamento de governo, atendendo a um pedido direto do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Já em 2019 conseguimos números históricos e aí, em 2020, veio a pandemia. Por sorte, o BRDE tinha se programado para lançar um grande programa, o Promove Sul. Isso nos permitiu fazer um atendimento mais pontual e contundente, ajudando no cenário econômico afetado pela evolução da pandemia.

Pode-se dizer, então, que de certa forma a pandemia acelerou esse processo de “popularização” do banco.
Acelerou. Missão dada pelo governador era justamente de ter um diálogo mais aproximado com a sociedade. Ainda em 2019, logo no primeiro ano, corremos o Paraná para uma rodada de negócios, aproximando o BRDE dos prefeitos e dos municípios. Conseguimos com isso customizar alguns produtos. E, claro, com o afastamento dos bancos comerciais na oferta de crédito no período, tanto o BRDE quanto a Fomento Paraná tiveram um papel. Se tornaram mais conhecido. Precisamos agora dar continuidade. Estamos fazendo toda uma revisão institucional, com novos programas para dar à sociedade esse sentimento de pertencimento, mostrar que o BRDE é deles. O momento é de fomentar o desenvolvimento do Paraná.

E como se deu essa ajuda para os diferentes setores da economia?
Fizemos capital de giro isolado, o que em 60 anos de história do banco jamais havia acontecido. Conseguimos um recorde de contratações nos três estados: R$ 3,3 bilhões no ano passado, com um crescimento efetivo em relação a 2019. Percebemos, contudo, que já no segundo semestre do ano passado o perfil de quem buscava crédito mudou. As linhas mais solicitadas passaram a ser de investimentos, indicando a retomada da economia no Paraná.

E a retomada realmente está ocorrendo em 2021?
Sim. O desenvolvimento do ano passado abriu uma perspectiva muito grande para 2021, com demanda por crédito para agricultura, indústria e serviços. A perspectiva de contratações no banco é de R$ 3,5 bilhões para esse ano, superando o ano passado. Ou seja, seria um novo recorde do banco. Esses investimentos trazem um retorno institucional muito grande, com emprego e renda para os três estados do Sul. Os recursos que antes eram usados para a manutenção do emprego, agora são para a criação de novos empregos.

E qual o desafio do BRDE neste novo cenário, com o avanço da vacinação e a retomada gradativa das atividades?
O desafio é acelerar, captar e entregar mais recursos, gerando efeitos sociais. A indústria está crescendo, principalmente a de alimentos, aquelas que transformam os produtos do agro. Avançamos para retornar a um quadro de quase normalidade.

Em relação à indústria, a retomada pode ser vista com o aumento de 76% no volume de crédito no primeiro semestre. Podemos também ter aqui um novo recorde?
Sim, estimo que sim. Não devemos fechar em 76% o ano, mas com um número expressivo, especialmente por causa da força do agronegócio nos três estados.

Mas as ações do banco vão além dos grandes investidores e indústrias. Há muitos projetos voltados para o cidadão.
Com certeza. Agora, por exemplo, estamos travando uma discussão em torno de um projeto para pessoas com mais de 60 anos, aqueles que não têm tanta facilidade para se achar no mercado de trabalho. Temos também linhas especiais de microcrédito para as mulheres empreendedoras e agora também para os jovens. Nesse semestre ainda esperamos lançar, junto com o governador, um grande programa de energias renováveis, como foco em aplicar R$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos em energia limpa.

Essa ação com os jovens que o senhor mencionou foi lançada recentemente. Qual a perspectiva do projeto?
Foi um passo muito legal que demos. O objetivo é ter ações que pudessem criar e manter empregos para os jovens. Mas, além disso, criar o perfil do empreendedorismo nesta faixa etária. Levamos a proposta para a Invest Paraná e a Fomento Paraná que, de imediato, compraram a ideia. Com isso, o BRDE passou a trabalhar como consultoria, permitindo uma análise mais rápida e, claro, com taxas melhores. O pessoal de 18 a 25 anos tem dificuldade para entrar no mercado de trabalho por causa da inexperiência, encontram muitas portas fechadas. A missão é criar condições para alavancar o empreendedorismo.

Diante de todo o cenário, que avaliação o senhor faz do momento atual da economia paranaense?
O Paraná passa por uma boa fase, algo que já vinha antes da pandemia. O governo se aprimorou, ficou mais leve. Por isso vemos o Porto de Paranaguá batendo recordes, o pedágio que será desonerado nessa nova formatação, a geração de empregos, o crescimento da indústria e também do comércio. A pandemia trouxe um freio, claro, especialmente em alguns setores que foram bastante prejudicados, mas temos tudo para voltar crescer, com celeridade na retomada. Os números nos apontam isso. Estou esperançoso por bons resultados.

Há uma similaridade na atuação do BRDE nos três estados do Sul?
São diferentes. No Paraná o agronegócio é muito forte. Santa Catarina tem a indústria e a inovação, além da agricultura em algumas regiões. Já o Rio Grande do Sul tem a agricultura, geração de energia e serviços. Esse mix de situações nos dá capacidade para entender as variáveis e capacidade de dar respostas. Agora, na retomada, é apostar nos potenciais de cada estado.

Ou seja, a missão para os próximos 60 anos do banco.
Completamos 60 anos agora e o desafio passa a ser sobreviver a mais 60 anos. Mostrar a importância para a sociedade. Administramos esse banco com muita responsabilidade, com conselhos e auditorias de três tribunais de contas e também do Banco Central. Captamos recursos de fornecedores tradicionais como o BNDES, mas aprendemos a buscar de outras fontes. Por exemplo, estamos hoje, em curso, com oito empréstimos internacionais. Em Janeiro e fevereiro devemos sair ao mercado para captar recursos, entregando dinheiro com longo prazo e condições razoáveis de juros. Há cinco anos 99,3% dos recursos eram do BNDES. Diversificamos e agora a dependência é de 55% aproximadamente. Não podemos ficar acomodados e esse perfil de diversificação está dando bons resultados.

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