As Ceasas do Paraná fecharam o primeiro semestre de 2021 repassando 2.962.699 quilos de produtos para 336 entidades do Estado dentro do Programa Banco de Alimentos – Comida. O programa é uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar em parceria com produtores e permissionários por meio da coleta e repasse de hortigranjeiros sem padrão de comercialização, porém ainda em boas condições de consumo.
No primeiro semestre deste ano, o Comida Boa beneficiou, por mês, 154.607 pessoas. São cerca de 30 carretas de alimentos por mês que eram jogadas fora e hoje beneficiam centenas de famílias e entidades.
“Estamos realizando também outras atividades junto ao Banco de Alimentos. Temos uma equipe que trabalha na Cozinha Industrial, fazendo a desidratação dos hortigranjeiros. Depois de processados, cozidos e refogados, esses produtos viram patês, mix de saladas, potes de sopas, entre outros itens que são embalados e refrigerados para serem destinados a essas instituições e às famílias cadastradas no programa”, explica o diretor-presidente da Ceasa Paraná, Éder Eduardo Bublitz.
COMO FUNCIONA - Participam do projeto as cinco unidades da Ceasa no Estado: Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. Entre as entidades que recebem esses produtos estão orfanatos, creches, hospitais públicos, asilos e famílias em situação de insegurança alimentar.
Além da nutrição e segurança alimentar para famílias vulneráveis, o Banco de Alimentos Comida Boa também promove a ressocialização de mulheres em cumprimento de pena com monitoração eletrônica que integram a equipe de processamento de alimentos. São cerca de 13 mulheres que desenvolvem o trabalho na cozinha industrial, com volume total de 3.267,03 quilos em três meses.
A importância do trabalho para combater a fome durante a pandemia foi ressaltada pelo gerente do Banco de Alimentos na unidade de Curitiba, Paulo Ricardo da Nova. “Neste ano, contamos com uma equipe de trabalho que aumentou em sete vezes a nossa arrecadação. Ampliamos em mais de 30% a quantidade de pessoas atendidas na Capital, chegando hoje a mais de 60 mil por mês com esse alimento que seria descartado”.
Essas ações têm ainda a participação do Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater (IDR), órgão também ligado à secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep).