A decisão da implementação de novas sanções contra o país caribenho foi tomada ao mesmo tempo que o presidente dos EUA, Joe Biden, se preparava para reunir-se com líderes norte-americanos de origem cubana na Casa Branca.
Participaram da reunião desta sexta-feira (30) entidades como Yotuel Romero, vocalista do grupo cubano Orishas e autor de "Patria y Vida", uma canção que se tornou o hino dos manifestantes contra o atual governo de Cuba; Ana Sofia Pelaez, fundadora do Miami Freedom Project; e o ex-prefeito de Miami, Manny Diaz.
O Departamento do Tesouro dos EUA disse que as sanções implementadas são uma resposta às "ações [do governo cubano] para suprimir os protestos pacíficos e pró-democráticos em Cuba, que começaram em 11 de julho".
Os protestos ocorridos em 11 de julho representam a maior manifestação contra o governo de Havana em décadas. Até o momento, ainda não está claro quantas pessoas foram detidas, embora as autoridades nacionais tenham afirmado que houve 19 julgamentos envolvendo 59 pessoas, relata a agência AP.
A autoridade norte-americana informou que os alvos das sanções são dois líderes das forças policiais cubanas, bem como a Força Nacional do Ministério do Interior de Cuba.
Biden, por seu lado, já havia prometido sanções adicionais contra os líderes de Cuba, uma decisão apoiada por muitos cidadãos norte-americanos de origem cubana. Do mesmo jeito, o líder dos EUA deverá discutir planos para aumentar os funcionários na embaixada dos EUA no país caribenho, de modo a conseguir prestar maior assistência ao seu povo.
A administração Biden já estaria buscando formas de restabelecer a ligação à Internet no país. José Miguel Vivanco, diretor da Human Rights Watch para as Américas, disse que proteger o acesso à Internet em Cuba deve ser uma das principais prioridades do governo de Joe Biden.
Adicionalmente, o desenvolvimento das políticas de Biden com relação a Cuba poderá ditar o aumento de apoio de latino-americanos ao presidente democrata.